Friday, August 1, 2014

E pronto...

Eis que chega mais um ano ao fim. Em jeito de ida para férias, deixo um link a que achei piada: http://inesperado.org/2014/02/04/as-20-coisas-que-eles-nao-nos-disseram/

Tuesday, July 29, 2014

Então é por isso que há quem queira ter muitos filhos...

Alguém me explica como é que já vou para a praia com uma miúda de óculos escuros e saco à tiracolo?

Felizmente, ainda temos o mais novo para se rebolar na areia e lambuzar com os bolos da Cecília...

Adoro! Ambas as fases :-).

Thursday, July 24, 2014

Portugal ressuscitado

Depois das notícias de hoje, em que parece que há esperança para acabar com os inimputáveis das finanças, e inspirada pelas entrevistas que tenho ouvido, onde admiro a capacidade de perdoar, mas me choca a justiça que ficou por fazer, aqui fica:

http://www.youtube.com/watch?v=_SaaACW5bHQ

Wednesday, July 23, 2014

No limite da dor

Este programa é absolutamente fantástico. Está a ser reposto na Antena 1 e pode ser ouvido no link abaixo. Nem consigo descrever o que senti quando ouvi o testemunho de um colega que admiro e cujo passado e experiência de tortura desconhecia por completo. 

http://www.rtp.pt/play/p1379/e142657/no-limite-da-dor

Wednesday, July 9, 2014

Factos (consumados)

Ok, só o facto de trazer este tema para aqui, de o escolher como objeto de um post mostra uma opinião. E mãe que é mãe nunca é isenta. Mas, ainda assim, vou descrever os factos como eles ocorreram:

- R. foi hoje cortar o cabelo;
- Disse que queria cortar três dedos e assim foi;
- Quando acabou, chorou durante o caminho todo, dizendo, "odeio o meu cabelo";
- Durante todo o caminho, a mãe diz que está como ela queria, que a única solução é cortar um dedo de três em três meses e não três dedos uma vez por ano, que não está curto, que está bem, etc.
- A caminho, pediu o pente e penteou-se;
- Chegada ao trabalho da mãe, pede para lhe tirar fotos do cabelo nas costas, do cabelo com rabo de cavalo, para enviar via What's up para a amiga que lhe diz que nem se nota que ela cortou.

Thursday, July 3, 2014

Balanço

Ora bem, parece que chegou o verão. As férias, ainda não, mas (embora falte ainda entregar dois textos este mês) o ritmo está finalmente a abrandar.

Reparo que não escrevia aqui desde março. E muitas coisas se passaram desde então, umas boas, outras bem tristes, mas suponho que é sempre assim...

Em jeito de revisão pré-estival, ficam então alguns apontamentos, concentrando-me nas coisas boas:

- foi um ano letivo muito trabalhoso, com muitos desafios. E todos eles foram superados. Acho que não é possível sentir mais de orgulho do que aquele que sinto pelos meus miúdos, que são ESPETACULARES em tudo e em particular no facto de nunca se armarem em bons.

- o meu computador avariou. As minhas costas e a vida familiar agradeceram-me. Não levar trabalho para casa foi o melhor que me aconteceu nestes últimos meses. Enfim, ainda tenho os papeis para ler, os testes para corrigir, os mails para consultar no telemóvel, mas o facto de não poder escrever texto revelou-se uma experiência tão boa que decidimos não comprar um computador novo e ir poupando para comprar um i-pad com um teclado lá mais para o ano (e nessa altura, quem sabe se não vamso antes de férias com o dinheiro?).

- as férias em Londres foram uma bênção de 5 dias. Não imaginava como precisava delas até elas terem chegado. Um enorme obrigada à S., que nos acolheu na sua casa de estrela de cinema.

- os crismas do A. e da P. foram momentos de enorme alegria. É um enorme privilégio fazer parte do caminho que eles escolheram traçar.

- o facto de ainda sermos uma família de quatro gerações.

- e de muitos momentos que podia escolher lembrei-me agora da ida com a J. e a R. ao concerto do Miguel Araújo, no Olga Cadaval. Foi tão, mas tão bom. Vou já ouvir a música.
  

Tuesday, March 25, 2014

O tempo em março

Faz hoje precisamente onze anos, a primavera também era fria e chuvosa. Março, digam o que disseram, não é ainda um mês quente e tenho-o comprovado nestes últimos onze anos.

Desde há onze anos, sei também que a hora muda no último fim-de-semana de março, porque tenho de avisar disso os convidados, quando a festa calha ao domingo (já agora, também sei, há sete anos, que muda de novo no último fim-de-semana de outubro).

A natureza e as convenções do tempo são portanto relativamente estáveis. Mas eu posso garantir que tudo muda quando olhamos para elas com olhos de mãe.

Parabéns, R.! Que a vida te sorria sempre.

Friday, March 21, 2014

O amor ao próximo

Um destes dias, estávamos a falar dos primos e diz o A.:

- Gosto tanto da N.! Gosto mais dela do que de mim.

Foi das coisas mais bonitas que ouvi nos últimos meses.

Friday, March 7, 2014

Olhem para o diálogo fraternal que acabei de ouvir

- Burro!
- Eu sou um burro, tu és uma vaca, tu dás-me leite e eu dou-te caca.



Sunday, March 2, 2014

A vida é sempre para a frente

Tenho uma família grande e feliz. Com as suas coisas, claro está. E por "coisas" quero dizer tudo o que pode caber em pequenos (ou grandes) desentendimentos, embirrações, momentos de tensão, aqui e ali. E figuras carismáticas.

Imagino que todas as famílias as terão, claro está. E cada um deve achar as suas melhores do que as dos outros, suponho eu. Falo daquelas pessoas que nos inspiram num ou noutro momento marcante da nossa ou das suas vidas, de quem sempre nos lembraremos, cujas histórias ou frases citamos no nosso dia-a-dia.

Essas pessoas são, por uma ou outra razão, os nossos pilares enquanto crescemos e os nossos guias quando ficamos adultos. Mesmo quando já não estão cá connosco. 

Uma pessoa que perdemos recentemente disse-me uma vez, com grande tristeza, que os nossos pilares estavam todos a desaparecer. Por vezes, não consigo deixar de lembrar essa tristeza, mas a maior parte dos dias sinto uma enorme alegria, felicidade e gratidão por ter - ou ter tido - essas pessoas na minha vida. E, por extensão, na vida dos meus filhos e de quem me ouve contar histórias sobre elas.

Uma dessas pessoas é a minha tia-avó E. Hoje, do alto dos seus 98 anos, disse-me estar cheia de esperança de melhorar de um joelho que a tem atormentado, depois de uma queda feia. E de uns dias difíceis que passou. Dizia-me ela "Eu não sou muito piegas, nem de esmorecer, mas tive aí umas semanas em que nem me levantava. Mas agora estou melhor e parece-me que sim, que isto se vai resolver".

Depois disto, o que é que não se resolve?

Thursday, February 20, 2014

Coisas de que não me quero esquecer #3

Ao longo dos últimos vinte e quatro (sim, vinte e quatro!) anos tenho trabalhado, em projetos e temas diversos, com a minha amiga G. Desde os trabalhos da faculdade, feitos a desoras no sótão dos pais dela, a sagas e diretas associativas, passando por mil e um pequenos projetos pessoais ou profissionais. Estas colaborações fazem parecer fácil uma coisa que não o é (mesmo nada) - trabalhar sem perder a amizade e ser amigo independentemente das questões de trabalho, fazendo com que estas duas dimensões se complementem e fortaleçam com o passar dos anos.

São tantas as ocasiões que já não as consigo enumerar todas. Ainda hoje recebi um mail com mais uma parceria cheia de qualidade e boa onda. Mas vou recordar aqui uma, porque é um bom retrato da loucura dos anos noventa, na era pré-internet. Foi quando, depois de uma noitada a fazer um trabalho para o mestrado, o computador de casa dela pifou. E, com uma apresentação para o dia seguinte, metemo-nos (nós e a disquete com o trabalho) no carocha vermelho e fomos acabar os quadros e gráficos madrugada fora no meu velhinho 240k (com 20mb de disco). Desenhados à mão, em wordperfect...
Ver blogue

Tuesday, February 18, 2014

Há dez mil anos atrás

De novo os Xutos. Desta vez para uma das melhores canções de amor que ouvi nos últimos tempos. Já sei, é como todas as músicas deles, algumas rimas parecem vir como o nome da banda, aos pontapés. Mas o ritmo e a força são incomparáveis. Dão vontade de saltar para a pista e fazer figuras tristes, como fazíamos, apaixonados, há dez mil anos atrás. Ou ainda hoje, segundo os meus filhos que acham mal os pais andarem sempre aos beijos. O A., um destes dias, dizia-me - com um ar muito crítico - que os avós já não andavam assim. Adivinhava-se-lhe uma esperança na voz de que a idade nos melhore.

Thursday, February 13, 2014

Coisas de que não me quero esquecer #2

São poucas as pessoas que me lembro de conhecer. Lembro-me de ir ver a minha irmã quando nasceu (melhor dizendo, lembro-me de estar a brincar com as manivelas da cama articulada onde a minha mãe estava deitada quando ela nasceu), mas não me lembro de conhecer praticamente mais ninguém das pessoas que me são próximas (e não, não me lembro de conhecer o meu marido, nem a maior parte dos amigos).

Há uma exceção, a minha prima P. Lembro-me como se fosse ontem do dia em que o pai dela, na cozinha da minha avó, me disse "Esta é a tua prima P.". Devíamos ter uns 6/7 anos. Decerto já tínhamos estado juntas em pequeninas, mas ela não vivia cá e esse foi, como o futuro iria ditar, um dia muito importante para mim.

Tuesday, February 11, 2014

Coisas de que não me quero esquecer #1

Inspirada no blogue de que sou fã, dou início a uma rúbrica de alguma coisas de que não me quero esquecer. E não, não falo das minhas costumadas distrações, falo de coisas mesmo fixes, como as do post anterior. Vou começar pelas mais antigas.

Aqui vai uma: nunca hei-de esquecer-me do dia em que chegámos a SMP, depois de uma viagem de várias horas (4 adultos + 2 crianças no carro, no tempo em que a autoestrada do Norte terminava em Vila Franca ou Aveiras), e o meu pai disse:

"-Ainda bem que te trouxemos, filha, se não fosses tu quem é que tinha vindo a falar desde Lisboa?"

E lembrei-me deste dia porque no Domingo passado a R. falava, falava, contava, contava e o Miguel disse que não havia dúvidas de quem ela era filha. Igual ao pai nas cores, à mãe na língua.

Thursday, February 6, 2014

E coisas fixes, não tens?

Tenho, sim senhor. Muitas. Não mudam o mundo, já se sabe, pelo menos todo de uma vez, mas deixam alguns de nós mais felizes, mais completos, até mais serenos. Aqui vão algumas:

- Este ano vou ser madrinha não de um, mas de dois afilhados de crisma. Ouvir o A., já com voz grossa, a pedir-me foi muito bom. Por muitas razões, mas em especial porque me lembro como se fosse hoje do dia em que me pediram para ser a sua madrinha. No Colombo :-), ainda dentro da barriga da mãe (que também quase vi nascer). Duas conclusões: estou velha e ele fez-se um homem impecável. Quanto à P., palavras para quê? Já temos tantos laços de afinidade, que este podia ser só mais um. Mas não é, é especial. É também uma confirmação entre nós.


- A R. está tão, mas tão crescida. Ela foi sempre crescida para a idade, mas agora já podemos ver juntas filmes como A testemunha, que vimos quando ela esteve com gripe e que fez questão de rever com a avó. E eu continuo a não ter saudades de eles serem pequenos, só tenho medo de me esquecer muitas coisas das fases passadas.


- O A. progride em sagacidade de uma forma que me deixa sempre desarmada. Um dia destes, chegou à escola, pousou a mochila e disse qualquer coisa como "Deixa por aqui as pedras". A auxiliar perguntou-lhe de que estava a falar. E ele disse "Da mochila, está tão pesada que parece que tem pedras!".


E como é tarde, fico por aqui. Mas mais virá :-)

Pontapés na alma

O novo disco dos Xutos é tão bom como de costume, mas pôs-me a pensar nas letras mais do que é habitual.

Numa das músicas, o "narrador" passeia o cão numa cidade decadente, de lojas fechadas. E, para cúmulo, o cão não é dele. É do irmão. Que "emigrou para o Tibete, faz-lhe festas pela internet".

Pensei logo no A. e no seu melhor amigo, agora no Dubai, que brincam longas horas via skype aos sábados (porque ao domingo lá é dia de escola). Tenho tentado não entrar em nostalgias e fatalismos com esta história da emigração. Primeiro, porque mesmo antes da crise os mais jovens já andavam a correr mundo. Depois, porque este mudou, as viagens mudaram, os empregos mudaram. Aliás, a avaliar pelas notícias desta semana, é muito mais fácil ir ao médico a Londres do que um miúdo de Bragança arranjar um hospital a menos de 400km de casa.

E este corropio de gente a ir e vir não é exclusivo de Portugal. A facilidade com que se muda de casa, de cidade, de país, é cada vez maior e muito dificilmente as coisas voltarão ao que já foram, a globalização veio mesmo para ficar. Mas, sabendo tudo isto, não deixo de sentir um espinho na alma quando penso que uma coisa é querer ir, outra é ser obrigado a fazê-lo. E nem sempre para melhores condições.

Quando vejo o facebook de uma jovem que conheço que está neste momento a começar o seu estágio de sonho, no Japão, fico contente por o mundo ser todo dela. Mas o facto de este implicar horários de trabalho perto do desumano, deixa-me a pensar que a compensação de se estar no lugar sonhado poderá não compensar se essa for a única diferença entre estar ali ou numa fábrica a fazer chouriços a metro.

Não tem conclusão, este post... as verdadeiras boas e más consequências ainda estão para se ver e saber.

Friday, January 24, 2014

Na injustiça, tudo se mistura

As notícias das últimas semanas têm sido duras de roer. Há três temas em particular que me têm revoltado: o referendo, a praxe do Meco e a política de educação e investigação. Todos revelam quão longe estamos da tolerância, do amor como objetivo de vida e de acertarmos o passo num caminho para um país melhor para os nossos filhos.

Normalmente, sou bastante apaziguadora e tento ver o outro lado da questão, mas confesso que nestes assuntos não tenho conseguido. Em que é que impor uma moral que dificulta a vida de crianças pode ser bom e justo? De que forma é que criar critérios de base injustos (já para não falar nas trafulhices de vão de escada) para selecionar pessoas e projetos pode ajudar a um futuro melhor? E o que passa na cabeça destes jovens que humilham e se sujeitam a ser humilhados até à morte?

O que realmente me bule com o nervos, e por isso tudo se mistura, é que há uma caraterística comum a estes três casos: a estupidez. No seu pleno e em tudo o que ela tem de desonesto, insensível e cruel. Um estúpido é alguém que não quer saber das consequências dos seus atos (estúpidos). E tudo isto tem consequências para o (nosso) futuro. Mas parece que não há limites para a estupidez.

Muita coisa boa tem também acontecido e disso falarei a seguir. Mas não vamos misturar género humano com Manuel Germano, como diz o Mário de Carvalho.



Monday, January 6, 2014

Tudo, mas mesmo tudo, o que vem à rede

Em primeiro lugar, um feliz ano de 2014! Nunca é demais desejar a todos que sejamos felizes, que ponhamos a felicidade onde estamos.

Em segundo lugar, muito obrigada a todos aqueles que ajudaram a que 2013 tenha sido um ano cheio de coisas boas. Desde uma nova sobrinha a bons momentos de conversa e trabalho interessante, 2013 foi recheado de momentos que me encheram o coração e me deram imensa alegria. OBRIGADA!

Entre esses momentos, está tudo o que esteve relacionado com a nova escola da R. A única exceção será talvez a comida da cantina nos dias de peixe. Que não traz alegrias, mas traz algumas gargalhadas. Porque (in)felizmente me farto de aprender sobre zoologia marinha e espécies de peixes comestíveis. Ainda em 2013, descobri o que era a arinca. Mal começa 2014 e já descubro o peixe-prata ou peixe-cadela. O que, na prática, quer dizer que quarta temos de preparar almoço para ela levar.