Thursday, December 19, 2013

Em entrevista à Antena 1, disse Frei Fernando Ventura, a propósito do Papa Francisco ter sido personalidade do ano da Times, estarmos a

"...ver nascer uma consciência coletiva de criação de redes de relações. É a partir do nós e a partir desta consciência de sermos nós capazes de transformar a história que a história se transformará. As instituições só por si não mudam, mudam as pessoas que estão nas instituições e mudam a pessoas que fazem parte delas."

Parece-me uma boa mensagem para 2014.

Wednesday, December 18, 2013

Dezembro e não Natal

É Natal. E Natal é, para mim, uma época de partilha, de nos lembrarmos daqueles de quem gostamos, de estar em família, de alegria. E de esperança, também.

Claro que nem sempre os natais são só alegria e claro que sei muitas pessoas pensam de forma completamente diferente. Tem a ver com a vida, as experiências, as crenças de cada um. Mas a maior parte daqueles que conheço para quem o Natal não é importante pede apenas que não a obriguem a fingir o que não são e deixam em paz quem vive e época intensamente.

Foi por isso que fiquei triste quando hoje uma pessoa que respeito bastante fez questão de dizer "até para o ano" por não querer desejar boas festas. Caramba, qualquer dia nem podemos dizer "bom dia" se estiver a chover.

E só mesmo por isso quero desejar a todos um Natal muito, muito feliz, cheio de alegria. E que 2014 nos surpreenda por boas razões!

Wednesday, December 11, 2013

São dias que passam, são horas que vão...

Ontem à noite dei uma leitura nos textos deste estaminé, desde que ele foi criado. A par de lembranças de grande alegria e da constatação de que os meus filhos crescem que se farta mas continuam a ser uma enorme fonte de alegria, entristeceu-me ver como este pequeno país tem mudado para pior, em alguns aspetos fundamentais, dos quais destaco a educação.

Esta política (este governo também, mas sobretudo esta política) mata-nos o passado, o presente e o futuro. O passado porque retira dignidade a quem trabalhou e descontou dezenas de anos, o presente porque estamos de tal forma tolhidos a pensar em como chegar ao fim do mês, do ano, que nem temos vontade para chutar para a frente e o futuro porque um país que não investe na educação não tem futuro.

Olhando para trás, vejo décadas de grandes avanços. Mas, como dizia ontem um colega, estamos a andar para trás mais depressa do que andámos para a frente.

A minha maior esperança reside no facto de não sermos os mesmos de há vinte anos. Somos melhores, mais informados, mais capazes de dizer que não, de ver que o mundo é grande e que os nossos governantes é que são pequeninos, pequeninos.

E como vejo à minha volta projetos bons, a serem reconhecidos, premiados, divulgados, acredito mesmo que há esperança. Agora, temos de parar de dar os nós na corda que nos vai enforcar. E isso depende de nós e de mais ninguém. Mas o tempo está a passar, e muito dele é perdido naquilo que não interessa - burocracias, guerras internas, superegos...

Portanto, para 2014, o meu firme e único objetivo neste campo é: chutar à baliza.

Tuesday, December 10, 2013

Um dos meus preferidos...

NATAL, E NÃO DEZEMBRO

Entremos, apressados, friorentos,
num gruta, no bojo de um navio,
num presépio, num prédio, num presídio,...

no prédio que amanhã for demolido...

Entremos, inseguros, mas entremos.
Entremos, e depressa, em qualquer sítio,
porque esta noite chama-se Dezembro,
porque sofremos, porque temos frio.

Entremos, dois a dois: somos duzentos,
duzentos mil, doze milhões de nada.
Procuremos o rastro de uma casa,
a cave, a gruta, o sulco de uma nave...

Entremos, despojados, mas entremos.
Das mãos dadas talvez o fogo nasça,
talvez seja Natal e não Dezembro,
talvez universal a consoada.

David Mourão-Ferreira

Monday, December 9, 2013

E isso resulta? Se resulta!

Estamos a chegar o fim do 1º período. Foi cansativo. Não teria sido possível sem as muitas ajudas dos avós. Mas o balanço é muito, muito positivo. A R. está a adorar toda esta nova dinâmica e a sair-se muito bem em todos os desafios. O A. cresce todos os dias, com os olhos no futuro. Ontem estava a ponderar guardar uns euros que tem lá numa carteira para quando chegasse ao 5º ano gastar na papelaria ou no bar!