Thursday, March 21, 2013

Férias

Por estes dias, os miúdos estão de férias em casa da avó e, de repente, é mais fácil levantar e sair de casa a horas, chega-se ao fim do dia e vai-se ao cinema ou manda-se uma mensagem ao marido a dizer "vou aqui ou ali e já venho", não se cozinha grande coisa, descansa-se, veem-se as séries de televisão de que se gosta... parece que daqui a uns anos, o futuro poderá ser assim. Ainda bem que ainda falta muito!

Wednesday, March 20, 2013

Melodias de sempre...


Hoje, enquanto trabalho, saltito de youtube em youtube e revisitei esta música do Serge Gainsbourg. Nunca tinha prestado atenção à letra e encantou-me descobrir os meandros dos desamores, tão datados (boeings, películas de 200 asa :-))e tão atuais. Já se sabe que adoro letras francesas e esta tem uma poesia particularmente melodiosa, cheia de trocadilhos deliciosos.
 


L'ANAMOUR


Aucun Boeing sur mon transit
Aucun bateau sur mon transat
Je cherche en vain la porte exacte
Je cherche en vain le mot exit

Je chante pour les transistors
Ce récit de l'étrange histoire
De tes anamours transitoires
De Belle au Bois Dormant qui dort

Je t'aime et je crains
De m'égarer
Et je sème des grains
De pavot sur les pavés
De l'anamour

Tu sais ces photos de l'Asie
Que j'ai prises à deux cents Asa
Maintenant que tu n'es pas là
Leurs couleurs vives ont pâli

J'ai cru entendre les hélices
D'un quadrimoteur mais hélas
C'est un ventilateur qui passe
Au ciel du poste de police

Je t'aime et je crains
De m'égarer
Et je sème des grains
De pavot sur les pavés
De l'anamour 

Thursday, March 7, 2013

Ai os entas!

Dado que sou míope desde os 8 anos, e nunca me incomodou ser caixa de óculos, até porque a minha passagem pelas lentes de contacto foi breve e atribulada (culminou com a oferta de umas descartáveis pela minha mãe, que não me deixou casar sem elas), usar óculos não é coisa que me incomode.

Mas eis que, anteontem, estava a fazer um exercício com os meus alunos com a Carta Militar e não consegui ver bem os símbolos... julgo que encolheram desde o ano passado.

Ah, então era isso...

Um destes dias, estávamos (eu e os miúdos) na mesa da sala, a ler e a desenhar e diz o A.:

- Nós cá em casa temos um passaporte?

- Eu e o papá temos, mas vocês não, porque nunca foram a um país onde fosse preciso.


(faz-se um silêncio)

- Então e um suporte (para livros)?


Monday, March 4, 2013

Os bês pelos vês ou os cês pelos pês?

Ontem, na catequese, dizia um miúdo: a minha tia tem de fazer o crisma. Pergunta outro: o que é o crisma? Diz um terceiro: é um sólido geométrico!

Friday, March 1, 2013

Gordos que percebem português...

A propósito deste post, da minha amiga F., no blogue coletivo já aqui anunciado, lembrei-me de uma história:

Nos idos anos oitenta, quando o mundo parecia muito maior e viajar era uma aventura familiar para a qual, de tempos a tempos, havia tempo e dinheiro, fizemos uma viagem de carro a Itália, ficando em vários parques de campismo, por essa Europa fora. 

Em Florença, ficámos num parque ótimo, fora da cidade, onde muitos alemães e italianos faziam férias. O parque tinha uma grande piscina e claro está que - com o calor do estio italiano - eu e a minha irmã quisemos dar um mergulho. A minha mãe, que nunca gostou de piscinas, não ficou assim muito entusiasmada com os banhos, mas o meu pai aproveitou para ir connosco refrescar-se. A piscina tinha dois espaços, um maior e outro pequeno, separados por um túnel, e foi na piscina mais pequena que se passou a cena que venho contar.

Estavam na tal piscina pequena dois miúdos portugueses (os únicos que vimos no parque para além de nós, diga-se) e eis que o meu pai de aproxima, atravessando o túnel. Diz um dos miúdos: "Agora vem para aqui este gordo!...", ao que o meu pai responde "Porquê? O espaço não te chega?".

Os miúdos fugiram, a correr (a nadar....).