Ontem à noite dei uma leitura nos textos deste estaminé, desde que ele foi criado. A par de lembranças de grande alegria e da constatação de que os meus filhos crescem que se farta mas continuam a ser uma enorme fonte de alegria, entristeceu-me ver como este pequeno país tem mudado para pior, em alguns aspetos fundamentais, dos quais destaco a educação.
Esta política (este governo também, mas sobretudo esta política) mata-nos o passado, o presente e o futuro. O passado porque retira dignidade a quem trabalhou e descontou dezenas de anos, o presente porque estamos de tal forma tolhidos a pensar em como chegar ao fim do mês, do ano, que nem temos vontade para chutar para a frente e o futuro porque um país que não investe na educação não tem futuro.
Olhando para trás, vejo décadas de grandes avanços. Mas, como dizia ontem um colega, estamos a andar para trás mais depressa do que andámos para a frente.
A minha maior esperança reside no facto de não sermos os mesmos de há vinte anos. Somos melhores, mais informados, mais capazes de dizer que não, de ver que o mundo é grande e que os nossos governantes é que são pequeninos, pequeninos.
E como vejo à minha volta projetos bons, a serem reconhecidos, premiados, divulgados, acredito mesmo que há esperança. Agora, temos de parar de dar os nós na corda que nos vai enforcar. E isso depende de nós e de mais ninguém. Mas o tempo está a passar, e muito dele é perdido naquilo que não interessa - burocracias, guerras internas, superegos...
Portanto, para 2014, o meu firme e único objetivo neste campo é: chutar à baliza.
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