Tendo em conta que cheguei ao meio da minha vida (pelo menos simbólico, já que espero passar para lá dos 80 - de preferência enxuta e com a cabeça a conseguir juntar a sabedoria da idade e a espontaneidade dos verdes anos...) impõe-se uma espécie de brinde, que ainda não tinha feito aqui. Tenho grandes expectativas para os quarenta anos, já que cada uma das décadas passadas tem sido melhor do que a anterior. Sou uma pessoa muito feliz e cheia de sorte. E a culpa é de todos vós, que sabem muito bem quem são :-). Obrigada.
Tuesday, May 31, 2011
Saturday, May 28, 2011
Uma letrinha apenas...
Com um crisma, um baptizado e um casamento à vista na família, o A. estava a fazer-me uma série de perguntas sobre o que eram as várias celebrações. Estava a explicar-lhe o que era o baptismo e lá lhe falei de Jesus e da sua vida. Quando ele me perguntou se Jesus tinha morrido muito velhinho, acabei por lhe contar que não, que tinha sido morto. Quis saber quem o tinha morto.
Passado um grande bocado, perguntou-me:
- Mas como é que o polvo saiu da água para matar Jesus?
É que eu tinha dito que o "povo" não o tinha salvo... mas o polvo também dava uma boa história.
Passado um grande bocado, perguntou-me:
- Mas como é que o polvo saiu da água para matar Jesus?
É que eu tinha dito que o "povo" não o tinha salvo... mas o polvo também dava uma boa história.
Wednesday, May 18, 2011
Tuesday, May 17, 2011
O Oleiro
É um filme maravilhoso este. Que serve para muitas reflexões sobre as coisas simples da vida, que ao mesmo tempo são tão difíceis.
Vi-o com a R. e perguntei-lhe que personagem é que ela achava que era. Respondeu-me:
- O miúdo, porque eu ainda não ensino ninguém. A não ser que seja o barro destravado...
Fiquei surpresa e babada com tanta eloquência infantil.
Vi-o com a R. e perguntei-lhe que personagem é que ela achava que era. Respondeu-me:
- O miúdo, porque eu ainda não ensino ninguém. A não ser que seja o barro destravado...
Fiquei surpresa e babada com tanta eloquência infantil.
Wednesday, May 11, 2011
Caramba, se o mundo fosse assim tão simples
Ontem, como todos os anos, comprei o bonequito do Pirilampo Mágico, que faz parte da campanha, que existe desde 1987, de angariação anual de fundos para a Cerci. Quando cheguei a casa, dei o boneco ao A. e tentei explicar-lhe de que se tratava. Que havia meninos que não conseguiam falar, que pensavam mais devagarinho, e que o pirilampo é uma forma de os ajudar. Pergunta ele:
"- Porque é que é mágico? Eles ficam a falar?"
"- Porque é que é mágico? Eles ficam a falar?"
Friday, May 6, 2011
Tuesday, May 3, 2011
Valeu a pena, não valeu a pena?...
Acabei agorinha mesmo de receber uma boa notícia. Um projecto no qual trabalhei e investi muito foi aprovado. E se aqui o ponho, é porque acho mesmo que vale a pena trabalhar aqui, neste rectângulo esquisito e pequenino que se fez um país. Não é enterrar a cabeça na areia, é apenas achar que não devemos desistir de lutar por coisas melhores.
Ao fim ao cabo, a República, o 25 de Abril, foram isso mesmo: circunstâncias adversas que levaram as pessoas a achar que valia a pena lutar por algo melhor. Ouvi no Domingo uma entrevista com a Felícia Cabrita, que terminou com ela a dizer que o futuro da filha ia ser estudar no estrangeiro. Acho muitíssimo deprimente que haja uma classe que está a empurrar os filhos para fora do país desta forma, a desistir assim de tudo aquilo por que têm lutado. Se os filhos quiserem ir, muito bem. Agora, isso ser projecto de vida dos país já é outra coisa.
Não gostamos de uma parte do país que temos? Pois não. Eu gostava, por exemplo, que a justiça fosse melhor e mais cega. Mas há também muitas coisas aqui de que gosto. Reconheço que há muito a mudar, mas também muito já mudou. E tenho para mim que vale a pena.
Ao fim ao cabo, a República, o 25 de Abril, foram isso mesmo: circunstâncias adversas que levaram as pessoas a achar que valia a pena lutar por algo melhor. Ouvi no Domingo uma entrevista com a Felícia Cabrita, que terminou com ela a dizer que o futuro da filha ia ser estudar no estrangeiro. Acho muitíssimo deprimente que haja uma classe que está a empurrar os filhos para fora do país desta forma, a desistir assim de tudo aquilo por que têm lutado. Se os filhos quiserem ir, muito bem. Agora, isso ser projecto de vida dos país já é outra coisa.
Não gostamos de uma parte do país que temos? Pois não. Eu gostava, por exemplo, que a justiça fosse melhor e mais cega. Mas há também muitas coisas aqui de que gosto. Reconheço que há muito a mudar, mas também muito já mudou. E tenho para mim que vale a pena.
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