Thursday, September 16, 2010

Gentes e lugares - Maria da Conceição, em Sobreda do Bouro


Chegámos à casa que tínhamos marcado ao fim da tarde. Não foi fácil encontrar o socalco minhoto onde a quinta ficava e quem nos deu a indicação definitiva foi um homem num tractor, que tinha acabado de lá deixar a mulher, que - segundo nos disse - ali trabalhava.

Caminho encontrado, quem nos recebeu foi a D. Conceição ("Conceição ou Maria chamem-me o nome que quiserem, eles são os dois meus"). A simpatia que transmitiu foi tão contagiante que, de imediato, nos rendemos à sua pronúncia minhota, carregada de expressões para nós diferentes e até pitorescas, às suas iguarias culinárias (o leite creme que, segundo disse, lhe saiu mal, estava de chorar por mais) e à franqueza com que se pôs, e à casa, à disposição.

Mostrou-nos a casa, deu-nos ordem para a explorarmos à nossa vontade e foi tão cordial e compreensiva com os miúdos que eles se comportaram maravilhosamente e conversaram à volta dos rojões e das batatas fritas como gente graúda.

Na manhã seguinte, D. Conceição foi buscar dois póneis e ajudou os miúdos a montar, sempre sorridente, disponível e a fugir da máquina fotográfica.

Sem dúvida que, de tudo de bom que tem a Quinta do Sorilhal, o melhor é a presença alegre e afectuosa de D. Conceição.

1 comment:

Anonymous said...

Os minhotos são uma simpatia, não há melhor. É preconceito mas é mesmo verdade.