Saturday, July 28, 2007

Vou de férias com a M80!

Lembram-se do Oceano Pacífico, aquele mítico programa que enchia as noites da rádio com sessões contínuas dos Pink Floyd e Eric Clapton nos seus melhores dias? Pois, agora, há a 96.6, a M80, o verdadeiro Oceano Pacífico do pessoal dos "eighties" - só música dos anos 70, 80 e, vá lá, dos 90. Neste preciso momento, passa a "Nikita"! Para quê entrar no século XXI? Eu não vou ouvir mais nada nas férias, está resolvido!

Wednesday, July 18, 2007

Vê-se mesmo que ainda não havia metrosexuais no tempo dele...

A beleza masculina

"Mas não tenhas gosto em frisar com ferro o teu cabelo,
nem rapes, com a aspereza da pedra pomes, as pernas;
deixa que façam isso aqueles por quem a mãe cibeleia
é celebrada ao som de cantos ululantes.
Uma beleza desarranjada é o que fica bem aos homens.
A filha de Minos, Teseu a levou, sem ter a cabeça enfeitada com qualquer gancho;
Hipólito, Fedra perdeu-se de amores por ele, e ele não era lá muito elegante,
paixão de uma deusa foi Adónis, afeiçoado aos bosques.
É a limpeza que deve dar prazer, revele o corpo a pele tisnada no Campo de Marte;
esteja a toga apresentável e sem nódoas;
não deve usar-se calçado ressequido e não haja ferrugem nas fivelas,
nem ande o pé a nadar, desengonçado, em pele largueirona,
nem dê mau aspecto a cabelos enrijecidos um corte mal feito;
sejam cabelo e barba aparados por mão firme;
as unhas não devem dar nas vistas de compridas e devem estar limpas,
e no nariz não deve haver qualquer pelo;
não saia mau hálito de uma boca malcheirosa,
nem atinja o nariz dos outros o fedor do macho e do pai do rebanho.
Quanto ao resto, deixa-o por conta das mulheres dadas ao prazer
ou de qualquer homem que tenha o vício de possuir outro homem."

Ovídio in A arte de amar

Tuesday, July 17, 2007

Finalmente!

Até que enfim que todas as conversas começam a girar em torno dos destinos de férias. Este ano, talvez porque o Verão tarda em se apresentar ao serviço, talvez porque cada vez mais (em especial para quem tem filhos) as férias são em Agosto, nunca mais começava a anual troca de planos e destinos. Tenho andado de orelha à escuta, e eis o que descobri:
- toda a gente diz mal do Algarve, mas vai lá na mesma (quem é que queremos enganar? A água na costa Oeste é um gelo...);
- cada vez mais as pessoas têm, no máximo, 15 dias fora de casa e o resto passam em casa ou deixam para o Natal e para os feriados;
- os portugueses não passam sem praia, quase ninguém vai para outros locais;
- pelo menos até onde consegui ouvir, viagens ao estrangeiro nem vê-las;
- estamos a voltar à "casa de família" de férias - talvez por causa da crise, tem de se tirar partido do que se tem...

Friday, July 13, 2007

O "treuze" é o número da sorte

Pois é, nesta sexta-feira treze, fica a pergunta: porque é que, ultimamente, se diz "treuze", em vez de treze? É uma coisa tipo Diácono Remédios "eze, eze"?

Monday, July 9, 2007

Eh pá, assim como é que um gajo faz campanha?

Era uma vez um pobre candidato à Câmara Municipal de Lisboa a pregar, ali entre o Saldanha e o Marquês. Procurava evangelizar os cidadãos para a bondade das suas ideias. Debalde. E porquê? Porque o pobre senhor não encontrou nem um eleitor que votasse em Lisboa. Irra! Já não chega um tipo ter de competir com 12 (doze!!) concorrentes, ainda tem de pescar à unha os poucos moradores da cidade. Feitas as contas, se dividissemos os eleitores de Lisboa pelo número de candidatos, tenho a impressão que dava para cada candidato jantar em casa de todos os cidadãos que lhe cabiam em sorte durante a campanha. Assim, sempre tinha a certeza de não estar a pregar para peixes de outra freguesia...

Thursday, July 5, 2007

Verdadeira ou não, é uma reflexão interessante

"Os homens fazem o que podem, as mulheres o que os homens não podem fazer." Isabel Allende in Inês da minha alma

Tuesday, July 3, 2007

Ai Portugal, Portugal, de que é que tu estás à espera?

Saiu hoje um novo disco do Jorge Palma. Talvez por causa do tempo nublado, próprio de um mês de Outubro da era pré-aquecimento global, a cidade parecia adormecida, mole... aliás, é assim que vejo Lisboa nos últimos tempos, à espera...

Na esperança de que as eleições próximas agitem as águas e de que nós próprios tomemos o nosso papel de cidadãos nas mãos, cito aqui o dito Jorge Palma, numa canção com uns anos, mas ainda tristemente actual:

"Ai Portugal, Portugal
de que é que tu estás à espera?
Tens um pé numa galera
e outro no fundo do mar.
Ai Portugal, Portugal
enquanto ficares à espera
ninguém te pode ajudar."

Estamos à espera de quê, afinal?

Policiadeira...

é o que a R. chamava um dia destes a uma esquadra. Até que não está mal visto, não senhor...

Sunday, July 1, 2007

Para o Pedro

O Pedro é um grande amigo, um dos meus amigos mais antigos. A ele devo muitos momentos bons da minha vida e partilhamos algumas memórias, muitas delas muito divertidas. Foi ele que me apresentou ao J. e que me "empurrou" para o associativismo. Com o passar dos anos, e com as centenas de quilómetros que nos separam fisicamente, temo-nos visto menos vezes, mas sempre que nos reencontramos é como se nos tivessemos visto na véspera: mantemos as mesmas conversas longas e animadas sobre tudo e sobre nada, sobre o estado bom e (sobretudo) mau do país, mantemos os mesmos interesses pela vida ao ar livre e pela descoberta de sítios maravilhosos para estar.

Por isso, quando ele hoje me ligou, pensei que estava perto, que tinha chegado finalmente o dia de conhecer a minha casa e o A. Por isso, quando me disse "É para te dizer que a minha mãe morreu hoje, no Salgado, apanhada pelo mar" nem queria acreditar. Ainda agora não acredito. Ainda agora não tenho palavras para ti. Tudo o que se pode dizer são lugares comuns e é certo que não tos direi amanhã, quando te vir. Tenho a minha amizade para te dar e ambos sabemos que é isso que interessa - e vamos continuar a falar dos problemas de ordenamento e de sítios bons para acampar.