Friday, May 11, 2007

Eu que me comovo por tudo e por nada*

Os dias mais felizes da minha vida, foram (sem ordem especial) o do meu casamento, aqueles em que dei à luz a R. e o A. e o do nascimento da J. Tenho a imensa sorte de ter tido sempre uma vida muito feliz, rodeada de muitas pessoas maravilhosas, que me acarinham e me incentivam. Esses dias foram momentos de mudança de algo que já era bom para algo ainda melhor.

Mas hoje, porque sim, porque temos uma sintonia própria e indestrutível que nos une, dedico este post à J. Quando ela nasceu, ficou tudo como estava, mas houve uma nova ternura...


Quando eu nasci - Sebastião da Gama

Quando eu nasci,
Ficou tudo como estava.

Nem homens cortaram veias,
Nem o Sol escureceu,
Nem houve Estrelas a mais...
Somente,
Esquecida das dores,
A minha Mãe sorriu e agradeceu.

Quando eu nasci,

Não houve nada de novo
Senão eu.
As nuvens não se espantaram,
Não enlouqueceu ninguém...
P'ra que o dia fosse enorme,

Bastava
Toda a ternura que olhava
Nos olhos de minha Mãe...


*titulo de uma música do Vitorino, da autoria de António Lobo Antunes

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